Parte 2
- Que lindo! – gritava o jabuti, deslumbrado com a visão dos cafezais e algodoais que ia desfrutando do alto.
O ar era tão claro que dava para o jabuti avistar os picos das montanhas ao longe, cobertos de neve.
- Olhe o tamanho daquele rio! – exclamava, apontando para o majestoso Nilo Branco.
Por isso, quando alcançaram o céu, a festa já tinha começado. Uma mesa enorme para o café da manhã, coberta de frutas, aguardava havia tempo pelos retardatários.
A passarada, de acordo com velhos costumes, perguntou:
- Pra quem a comida vai ser servida primeiro?
A dona da festa, uma águia imponente, foi que respondeu:
- Pra todos.
- Então é pra mim – disse o jabuti, avançando nas guloseimas, enquanto os pássaros observavam, sem poder fazer nada.
A festa continuou animada até a hora do almoço. E, novamente, a cena se repetiu.
- Pra quem é o almoço? – tornaram a perguntar os pássaros.
- Pra todos – disse a anfitriã.
O jabuti, sem perder tempo, comeu tudo outra vez.
Na hora do jantar, foi a mesma coisa. O bando de aves, esfomeado, resolveu ir embora. Mas, primeiro, exigiu que o jabuti devolvesse as penas que haviam emprestado a ele.
- Entregue tudo – disseram os passarinhos, arrancando as plumas em torno das patas do jabuti.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
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